sexta-feira, 24 de julho de 2009
Carta do pai. não a carta do pai Kafka, do meu pai.
Eu não quero acreditar que foi vc quem enviou esse convite BIZARRO, esta não é minha filha
Eu conheço voce como minha filha, criada por Jeová para ser mulher
ter uma vida como mulher, ter marido, filhos, como toda mulher normal
voce e outras pessoas que trocam o uso natural por outro não pode ser chamada de mulher,
de minha filha, aliás nem sei do que isso pode ser chamado, esse tipo de convite eu repudio
tenho nojo de pessoas que se envolve com demonismo, lesbianismo, hossexualismo,por favor
não mande mais e-mail sobre esses tipos de assunto não me interessa nem um pouco
O que eu quero saber de vc
Sobre sua saúde, seu trabalho.
Quando vc esteve em casa eu achei vc péssima como pessoa, baixa estima,
uma pessoa sem vida, abandonada,
Aí eu me pergunto, pra que isso? Se em algum momento vc tentou me agredir, já conseguiu
não precisa mais fazer isso.
Lamento muito por ter contribuído por sua decadência como ser humano
Jeová vai cobrar de mim cada erro que cometi com vc e seu irmão Fábio.
Vc será cobrada muito mais, se ser escrava de Jeová é duro o que dira do mundo, que cobra muito mais
e depois joga no lixo.
Repito, isso não pode ter vindo de vc, se veio foi porque vc permitiu.
Seu Pai
da ALESSANDRA GUERRA
NÃO DA LÉSBICA
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Acampamento Latino Americano de Juventude
domingo, 28 de junho de 2009
Funk da solução
Então acaba, acaba acaba com a moral
então destrói, destrói, destrói a família
dercy beijo cuidado, dercy beijo cuidado
dercy beijo me liga, dercy beijo me liga.
A X Parada é da Diversidade
E não de uma Ong especifica da cidade
De uma ong da cidade
De uma ong da cidade
Nós há muito tempo lutamos contra o machismo
Mas no movimento a olho nu pode ser visto
Eu não quero ser invisível e resisto ao machismo
Eu não quero ser invisível e resisto ao machismo
Lésbicas e bi, querem visibilidade
Na letra deste funk
Afirmar identidade
Pela visibilidade reafirmar identidade
Pela visibilidade reafirmar identidade
se cristo, se cristo, se cristo é bom é terno
se cristo, se cristo, se cristo é bom é terno
porque criou o inferno? Porque criou o inferno?
porque criou o inferno? Porque criou o inferno?
se o corpo, se o corpo, se o corpo é da mulher
se o corpo, se o corpo, se o corpo é da mulher
ela dá pra quem quiser, ela dá pra quem quiser
ela dá pra quem quiser, ela dá pra quem quiser
a violência que existe, ainda mais a sexual,
Não é uma escolha nem comum e nem normal
a violência sexual não é comum nem é normal
a violência sexual não é comum nem é normal
O aborto, o aborto, o aborto é ilegal
O aborto, o aborto, o aborto é ilegal
a culpa é o vaticano, a culpa é o vaticano
a culpa é o vaticano, a culpa é o vaticano
se a raça, se a raça não é uma preocupação
façamos, façamos o governo das negona
o governo das negonas, o governo das negonas
o governo das negonas, o governo das negonas
no mundo, no mundo a miséria é geral
no mundo, no mundo a miséria é geral
destrói o capital, destrói o capital,
destrói o capital, destrói o capital,
se o mundo, se o mundo fosse cheio de sapatão
se o mundo, se o mundo fosse cheio de sapatão
seria revolução, revolução das sapatão
seria revolução, revolução das sapatão
Lésbicas e bi, querem visibilidade
Na letra deste funk
Afirmar identidade
Pela visibilidade reafirmar identidade
Pela visibilidade reafirmar identidade
Mulheres se organizam aqui em verso e prosa
Na luta por direitos contra o machismo cor de rosa
Patriarcado cor de rosa, Patriarcado cor de rosa
Patriarcado cor de rosa, Patriarcado cor de rosa
Na letra deste funk muita rima ainda existe
Mas não canto agora, o momento não permite!
o momento não permite
o momento não permite
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A parada está aí...Domingo que vem!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
um pouco sobre mim....
Sou lésbica assumida pra mim, desde de que me conheço por gente, e para os outros só depois dos 18 anos, quando tive minha primeira namorada e saí das casas dos meus pais por causa disso, ou melhor fui convidada a me retirar, rsss
Moro em fortaleza a quase 6 anos, (cidade escolhida no mapa, a dedo, com os olhos fechados, depois de um baseado). Vim pra cá com uma namorada, a Bia, com a qual fiquei casada por 5 anos. só tenho relacionamentos abertos, acredito que mesmo que isso as vezes se torne complicado, por causa da nossa criação hetero patriarcal, deve ser meta de todas as pessoas, principalmente das mulheres feministas. também vivi um ano de relacionamento poligamico, eu, a bia e a minha primeira namorada, (que agora está morando em fortaleza tb) e críavamos nos 3 a pequena nini, filha biológica de uma da minha primeira namorada.
Vivo a maior parte do tempo para o movimento social, além do lamce, sou do coletivo de jovens feministas do ceará, da Articulação Brasileira de Jovens Feministas e do fórum cearense de mulheres. também integro a ABL e o Coletivo feminista de mulheres da ABGLT, coletivo que ajudei a fecundar e nascer e é um dos espaços que mais acredito em todo o movimento social.
Fazer parte dos movimetos, fazer o SENALE e poder participar dos processos de construção de um outro mundo pelo movimento de lésbicas é incrivel para mim.
Penso num mundo, sem machismo, sem sexismo e todo e qualquer tipo de fundamentalismo, mais ainda penso em nosso resgate com a natureza, um meio de nos perceber parte dessa terra mãe, não vejo seres humanos como superiores aos animais, nos acho responsáveis por toda a deterioração da terra, penso que a radicalidade deve envolver uma mudança profunda na forma em que nos relacionamos com a terra. Por isso também evito d+ me alimentar de animais e tento ter alguns outros habitos responsáveis (mas confesso ser muito dificil, e as vezes até impossivel, estando inserida no sistema).
Mesmo estando sempre tensa e na maioria das vezes decepcionada com o mundo e as injustiças, e com o alcance das minhas ações (não posso mudar o mundo em 90 dias, rs) Procuro sempre me divertir e sempre tentar ver o lado mais simples da vida.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Diversidade de sujeitos e igualdade de direitos no SUS - Carta de Brasília
sábado, 16 de maio de 2009
Sistematização das ultimas reuniões sobre o SENALE
1. Informes Alessandra Guerra, da ABL resgatou os encaminhamentos da reunião realizada em Belém, durante o Fórum Social Mundial, na qual participaram mais de 100 lésbicas e bissexuais e indicou-se Brasília como sede do Senale. Em seguida, houve reunião em Brasília, na qual definiu-se a impossibilidade de o Senale acontecer no DF. Informou também que Denise, de Porto Velho, participaria virtualmente hoje, via MSN, mas a reunião presencial iniciou-se com muito atraso (aproximadamente 2 horas) e Denise não pode esperar.
Trouxe os informes das lésbicas de Porto Velho sobre a organização do Senale. A comissão organizadora local conseguiu até o momento:
- Hospedagem, alimentação e material a ser utilizado no seminário para 100 pessoas;
- há possibilidade de aumentar este número se for feito uma busca conjunta de recursos, para isso é necessário que tenhamos nítido que o Senale é de todas nós, assim devemos envidar esforços coletivos na busca de recursos, não deixando tudo por conta das companheiras de Porto Velho.
- Que os estados que busquem e consigam passagens que estas sejam distribuídas a partir de critérios construídos nos estados, para que não se exclua as lésbicas e bissexuais com menos acesso a recursos.
- Não é possível hospedagem solidária em função das condições climáticas locais, a hospedagem será apenas em hotel.
- Proposta de divisão das 100 (hospedagens, alimentação e material) pelos Estados: 3 lésbicas/bissexuais por Estado + as convidadas. Questões: - como ampliar este número?- como fazer para nenhuma rede se sentir prejudicada?- necessidade de definição da comissão política.
2. Número de participantes e estruturaEm seguida aos informes abriram as discussões, centradas principalmente na questão do tamanho do Senale, com base na avaliação dos Senales anteriores.Encaminhamentos:
- O VII SENALE deve ter a participação de no mínimo 250 a 300 lésbicas e bissexuais.Ø Que até o final de junho seja repassado para a lista a perspectiva de estrutura e número de participante para que se avalie na lista o que fazer.
- Deverão ser garantidos acessibilidade, interpretes e materiais em braile.
* Devem ser definidos critérios para distribuição das vagas para as participantes.
3. Definição do conceito de SenaleFoi resgatado o conceito do que é e para que queremos o Senale.Definição:O SENALE é um espaço de escuta, de socialização, de troca, de cultura, de convivência e de fortalecimento do movimentos de lésbicas e bissexuais no Brasil, não se constituindo como encontro de redes.O SENALE é o espaço maior de deliberação e de construção de agenda política do movimento de lésbicas e bissexuais.
4. Comissão organizadora e comissão políticaa. Comissão organizadora: constituída de lésbicas e organizações lésbicas do local sede do SENALE que garantirá a estrutura do Senale. b. Comissão Política NacionalA comissão política terá o papel de facilitadora, propositiva, canalizadora para junto com a comissão organizadora local dar direção política ao Senale. - incidir na direção política do Senale- critérios de composição:3 lésbicas/bissexuais por Rede Nacional3 lésbicas/bissexuais autônomas/ que não estão em nenhuma rede.Buscar assegurar nas indicações para compor a comissão política nacional a diversidade (geracional, étnica/racial, deficiência, entre outras), e pessoas que tenham experiências em organização de SENALES anteriores.critériosétnico racial, geracional, acessibilidadeindicação de que na comissão organizadora estejam pessoas que já organizaram o senale Observações:A metodologia será definida após a definição do número de participantes.Data: 05 a 08 de dezembro de 2009 Lista de Presença (09/05/2009):
Nome Organização E-mail
1. Carmen Lucia LuizLBL/SCcarmenlucialuiz@uol.com.br
2. Lurdinha RodriguesLBL/SPlurodrigues@uol.com.br
3. Virginia NunesLilás / LBL/BAvirginialilas@yahoo.com.br
4. Cris SimõesABL / D’ellas/RJcrissimoes2002@yahoo.com.br
5. Alessandra GuerraLAMCE / ABL/CEaleguerradesigner@gmail.com
6. Claudia MatosGAMI / LBL/RNclaudiaeleide@hotmail.com
7. Lucelia MacedoABL / Mesclaludimacedo77@gmail.com
8. Silvana ContiLBL/RSsilvanaconti@uol.com.br
9. Ariane MeirelesLBL/ESarianemeireles@hotmail.com
10. Rosangela PimentaLBL/PErosangelapimenta@yahoo.com.br
11. Roseli Macedo SilvaCANDACES / RNroseli.candaces@yahoo.com.br
12. Leda RegoLEMA / MAledarego1@yahoo.com.br
13. Goretti GomesLBL / RNgamirn@hotmail.com
14. Janice Alves RodriguesABL / MAgrupoflordebacaba@yahoo.com.br
15. Edinalva dos Santos MonteiroMovimento de Lésbicas de Sergipe /mailto:ABLedynalvamonteiro@hotmail.com
16. Maria Fátima SilvaCANDACESmariafatimas@hotmail.com
17. Rosangela Castro zangecastro@yahoo.com.br
18. Edna Bordon LopesCANDACES Br / MSednalopes2001@yahoo.com.br
19. Laurilene Alvim LageCANDACES Br / RS
20. Veronica LourençoCANDACES/LBL / PBnegravera_omim@yahoo.com.br
21. Roselaine DiasLBL / RSroselainesilva.silva@yahoo.com.br
22. Rosangela Balbino da SilvaLBL / RNrorobalbino@hotmail.com
23. Fabiana FrancoLBL / BAfabianadacruzfranco@gmail.com
24. Rivania Rodrigues CANDACESrivania2007@gmail.com
25. Cintia Clara Ferreira da SilvaCANDACESCintiaclara_10@yahoo.com.br
26. Carmen Lucia RibeiroCANDACES / PIdenovopratu@yahoo.com.br
27. Marta AlmeidaCANDACESmartaalmeidafilha@hotmail.com
28. Sonia MoraesEstruturaçãosecretariageral@estruturacao.org.br
29. Maria José VenturaLBL / PIventuramazer@hotmail.com
30. Cinthia F. Gomes cinthia.fernanda@gmail.com
31. Adneuse TarginoLBL / PBaditargino2005@yahoo.com.br
32. Marylucia Mesquita PalmeiraLBL / CEmarymesquita@gmail.com
Continuação da reunião sobre VII SenaleBrasília – 11/05/2009
Neste dia nos reunimos apenas para ler e aprovar o relato da reunião para encaminhá-lo à lista Senale. Mas em função da chegada de novas companheiras, incluindo a companheira Denise Limeira, do Grupo Tucuxi, abrimos para o debate e propostas com base nos informes trazidos por Denise. Propostas:
1. Criar a comissão de mobilização do Senale nos estados de forma a garantir a participação mais ampla possível e facilitar a efetivação dos critérios para a seleção de bolsas.
2. Criar a comissão de comunicação do Senale com o papel de contribuir com a circulação e divulgação das informações de forma ágil; articular e garantir o material de divulgação e comunicação do Senale.
3. A comissão política nacional junto com a comissão organizadora local será a responsável pela seleção de bolsas para distribuição aos estados seguindo critérios estabelecidos. Nenhuma rede deverá ter privilégios em relação a passagens.
4. Realizar um pacto de solidariedade entre as 3 redes nacionais de lésbicas e bissexuais e outras redes presentes, considerando também as lésbicas autônomas que não estão em nenhuma rede. O objetivo é garantir que nenhuma rede, grupo, ou lésbica autônoma seja prejudicada ou privilegiada em relação as condições de participação no Senale. Foi marcada reunião para a tarde do dia de hoje, 11/05/2009.
Lista de Presença (09/05/2009):
Nome Organização E-mail1.
Goretti GomesGAMI / RNgamirn@hotmail.com
2. Janice Alves RodriguesGrupo Flor de Bacaba / MAgrupoflordebacaba@yahoo.com.br
3. Carmen Lucia LuizLBL/SCcarmenlucialuiz@uol.com.br
4. Rita TeixeiraABL / BAritateixeira@rocketmail.com
5. Roza BahiaRede Afronegonassa@yahoo.com.br
6. Claudia MatosLBL / GAMI / RNclaudiaeleide@hotmail.com
7. Denise LimeiraTucuxidenitucuxi@yahoo.com.br
8. Leda RegoABL / MAledarego1@yahoo.com.br
9. Alessandra GuerraABL/CEaleguerradesigner@gmail.com
10. Rosangela PimentaLBL/PErosangelapimenta@yahoo.com.br
11. Silvana ContiLBL/RSsilvanaconti@uol.com.br
12. Adneuse TarginoLBL / PBaditargino2005@yahoo.com.br
13. Helena Hartkede OliveiraLBL / RShhartke@superig.com.br
14. Roselaine DiasLBL / RSroselainesilva.silva@yahoo.com.br
15. Maria José VenturaLBL / PIventuramazer@hotmail.com
16. Cris SimõesD’ellas / ABL / RJcrissimoes2002@yahoo.com.br
17. Veronica LourençoLBL / PBnegravera_omim@yahoo.com.br
18. Carmen Lucia RibeiroLBL / PIdenovopratu@yahoo.com.br
19. Cintia Clara Ferreira da SilvaCANDACESCintiaclara_10@yahoo.com.br
20. Roseli Macedo SilvaCANDACES / RNroseli.candaces@yahoo.com.br
21. Edna Bordon LopesCANDACES-br / MSednalopes2001@yahoo.com.br
22. Laurilene Alvim LageCANDACES BR / RS
23. Yone LindgrenD’ELLAS / ABL /ABGLTyonelindgren@yahoo.com.br24. Rivania Rodrigues CANDACES-BR / PErivania2007@gmail.com
Novidades do movimento LGBT em ambito nacional
Ache outros vídeos como este em ABL - Articulação Brasileira de Lésbicas
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
LESBIANIDADE
Nossa sociedade tem como base a heterossexualidade obrigatória. O que significa isso? Significa que desde que nascemos somos criados para o sexo oposto. A menina é ensinada a ser atraente, cozinhar e ser boa mãe e esposa. O menino é ensinado a ser forte e corajoso para sempre proteger e prover sua esposa e filhos. Tudo parece muito lindo e romântico, como um bom filme de Hollywood, e é desta forma que a sociedade segue. Mas, é justamente por causa dessa norma social que nos é passada pelos nossos pais e que nós, sem nos questionar, passamos para os nossos filhos, que está à causa da maioria dos problemas da nossa sociedade atual.
Além de legitimar a maior parte das desigualdades sociais entre os sexos, tais como a diferença de salários entre homens e mulheres, a menor participação política feminina, a violência tão grande e comum que é praticada contra as mulheres, essa norma social ainda exclui a possibilidade de haver relacionamentos afetivos e sexuais entre as pessoas do mesmo sexo, invisibilizando as relações lésbicas, por exemplo.
Segundo a Fundação Perceu Abramo em recente pesquisa, 92% dos Brasileiros são de alguma forma preconceituosos com as mulheres lésbicas. O problema disso é que o preconceito facilmente se transforma em descriminação fazendo com que além de violência psicológica na família, nas escolas e no trabalho, as mulheres lésbicas muitas vezes sofram violência física e até mesmo assassinatos, como mostra uma pesquisa realizada pelo GRAB (Grupo de Resistência Asa Branca) que dentre os assassinatos ocorridos no Ceará, nos últimos anos, contra pessoas homossexuais, há maior incidência de violência contra as mulheres lésbicas do que contra as travestis, população historicamente discriminada e que sofre a maior parte da violência homofóbica em todo o mundo.
Além disso, há a invisibilidade nas políticas públicas, fazendo com que, dezenas de direitos comuns a pessoas heterossexuais sejam negados as pessoas homossexuais ou que não existam métodos eficazes de prevenção de DST entre as mulheres que fazem sexo com mulheres.
Devemos todas e todas juntos lutarmos contra todas as formas de preconceitos, sejam elas por gênero, raça ou orientação sexual e unirmos grande força para juntos acabarmos com toda norma social que aprisiona e nos limita para construirmos um mundo mais igualitário e justo para todas as pessoas.
Alessandra Guerra
LAMCE
Coordenadora colegiada
(Texto para fábrica de imagens)
quarta-feira, 18 de março de 2009
II Seminário Brasileiro contra o Racismo Ambiental - divulgando
Racismo Ambiental - disputa pelo território e capitalismo; desenvolvimento para quê e para quem?
Data: 23 a 25 de Março de 2009
Local: UFC- Faculdade de Direito
Realização: GT de Combate ao Racismo Ambiental/RBJA
“Chamamos de Racismo Ambiental às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulneráveis e outras comunidades, discriminadas por sua origem ou cor”.
23 de Março
Local: Faculdade de Direito
8:30 - Acolhida dos participantes
9:00 - Abertura e boas vindas
10:00 - Painel I - Racismo Ambiental, disputa pelo território e modelo de desenvolvimento nos marcos do capitalismo.
11:30 - Debate
12:30 - Almoço
14:00 - Painel II - Colonialismo, luta pelo território, racismo e conflitos socioambientais no Brasil
16:00 - Debates
17:00 - Intervalo e lançamento de livros
17:30 - Encerramento do dia - Exposição de fotos em data-show: Quebradeiras de coco e Favela de Parelheiros/SP, de Telma Monteiro
24 de Março
Local: Faculdade de Direito
8:30h - Acolhida dos participantes
9:00h - Painel III – Racismo Ambiental e conflitos urbanos no Brasi
11:00 - Construção e reflexão coletiva de Mapa dos conflitos Socioambientais no Brasil no Marco das políticas macroeconômicas.
12:30 - Almoço
14:00 - Painel IV: Limites e Desafios para os sujeitos sociais no enfrentamento do racismo ambiental
15:30 - lanche
16:00 - Debate
17:00 - Ato público nos arredores da universidade
25 de Março
Local: São Gonçalo do Amarante e Caucaia
7:00 - Visita aos Anacé no Pecém
13:30 - Socialização de impressões da visita
14:00 - Painel V: Desenvolvimento como, para quê e para quem: Racismo Ambiental e alternativas de resistência
15:30 - lanche
16:00 - Trabalho em grupos: Construção de estratégias coletivas de enfrentamento
17:00 - Plenária de apresentação dos relatórios dos grupos e aprovação do documento final do Seminário
terça-feira, 17 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Ainda FSM Festa na Casa Feminista e diálogos interessantes
Saímos de lá, e fomos pra Casa Feminista, onde ia rolar uma festa...
A festa começou tímida, mas aos poucos.. uhhh
Estávamos cantando e dançando feito doidas. A festa era aberta, para convidadas e convidados, a Déia foi, a Ludmila, a Dani e todas nós supermaras que já estávamos hospedadas na casa.
Fumei um, e dancei como tava precisando desde o meu aniversário, que foi massa, mas deixou a desejar, pelo menos que eu esperava para um aniversário "belemense", rs.
Aí deu 2hrs da madruga e simplesmente o som parou!
-parou? como assim???
-é que ficou acertado, que 2hrs o som ia parar pro povo dormir...
-Dormir??? dormir nãooo
Aí vai a Luds, toda empoderada conversar com o Dj (cara, ela se garante d+, paguei muito pau pra ela), e descobriu que de lá, ele ia fazer o som num bar chamado Café Imaginário, e ainda descolou 4 free pra gente entrar!
-aêêê guria!
Bora pro café imaginário! nós e uma renca que não tava afim de dormir na Casa Feminista (juro que não achei nenhuma foto do lugar, mas é lindo... serve como galeria de arte também.
Eu não tinha grana pra beber, e fiquei muito doida, com cerveja que a luds conseguia não sei como, rss.
Dançamos e nos divertimos muito até as 6hrs da manhã. quando a gente ia sair, tinha uns carinhas lá fora e começaram com gracinha pra cima de mim.
se liga no dialogo:
-e aí mina, vc é gatinha
-é? pena que não sou pro seu bico, né?
- não... vem cá.... ( e me puxa)
- se liga cara, não encosta não.
-não gatinha, vêm cá...
-Cara, para de encostar! vc não se enxerga não???
-lógico que não, por isso é que eu uso óculos.
- não seja por isso bem...
então peguei o óculos dele e com uma mão só, amassei ele todinho (gente nunca vi óculos tão frágil!), aí com os óculos amassados na mão, não tinha + nada a fazer. taquei ele no chão e saí andando (é jogar no chão não foi a melhor coisa a fazer, mas eu tava um tanto embriagada, vc me dá um desconto, né? ).
Entramos num táxi e saímos fora
Chegando na casa feminista...
uma galera dormindo ainda
outra galera tomando banho pra ir pras universidades.
e nós, ainda no pique..
-vamos tomar só + uma cerveja na padaria?
-bora!
E aí fomos... eu, ludmila, novinha, e quem mesmo +? nem lembro, já tava meio passada... rs
e lá ficamos até as 10hrs da matina, na melhor discussão política que tive em todo o fórum social mundial! Sério... não é brincadeira não...
Cresci muitíssimo com a discussão que nós 3 tivemos naquela mesa na padaria.
Não lembro + quem tava lá, mas lembro exatamente tudo o que discutimos e acho que nunca vou esquecer....
+ sobre o FSM e patriarcado
(Caminho do rio até a UFRA)
A oficina tinha como proposta o tema violência entre mulheres e aplicação da Lei Maria da Penha, mas assim que a oficina começou, o quadro foi outro.
Todas as mulheres começaram a relatar casos de violência: estupros, abusos, etc...
Foi Phoda.
Parece que todas as mulheres que estavam lá (12 no total) tinha algum relato de violência pra contar! que mundo é esse que vivemos?
sobre ser contra organização...
"Eu me desorganizando eu posso me organizar"... aff...
acho isso muito sem noção.. como posso mudar alguma coisa sem me organizar, sem juntar com outras pessoas que pensam igual e fazer algo pra mudar? será que a minha existência discordante é suficiente pra fazer alguma coisa???
+ sobre o FSM e sobre o SENALE
sexta-feira, 6 de março de 2009
Mas é isso. até que enfim tomei vergonha na cara e resolvi fazer um blog. afinal tantas experiências supermassas que tenho, participando tão ativamente dos movimentos sociais (lésbico, lgbts, feminista, jovem...), que eu não posso simplesmente guardar tudo pra mim, ou falar só em mesas de bar, ou vez por outra em palestras ou coisas do tipo. Além do mais, todas as coisas que discuto, que aprendo tento assimilar e colocar em prática na minha vida, e essas experiências, quero compartilhar....
Será que alguém vai ter alguma espécie de saco, pra me ler até o fim? se vc conseguir... não deixe de comentar, pois vou virar sua fã. rss
(Batucada e fachada da casa feminista)
(intervenção das Loucas de Pedra Lilás - PE)
(Lu, lésbica feminista da Guatemala)
(Standart da AMB - Articulação de Mulheres Brasileiras)
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O corpo é meu
não se maltrata
não se viola
não se mata!
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Então depois de esperar mais um montão a andréia e nada, tentamos convence-la e conseguimos a ir pra Casa Feminista com a gente. Qd estavamos indo pra lá, encontramos toda a galera do nosso quarto indo pro acampamento da juventude, que ficava na UFRA, pra tentar entrar. resolvemos ir junto. tudo é festa mesmo, rs.
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no dia 29, ninguém do LAMCE foi pra UFPA cedo. ficamos na Casa Feminista discutindo sobre a nossa oficina sobre Feminismo e Lesbianidade. foi essencial, para definirmos finalmente todos os detalhes.
as 14:30hs estávamos todas em frente a sala onde ia ser a nossa oficina. a sala estava lotada. não pra nossa oficina, mas pra uma oficina de Teatro do Oprimido. e surpresa.. a oficina ia até as 16:00hs!
-como assim? a nossa oficina está marcada para 15h! tá aqui na programação....
- a nossa é até as 16h, olha aqui na programação....
- não! vai ter uma oficina de bonecas de pano as 15:30h!
- oq? q merda! marcaram diversas oficinas no mesmo horário! e agora???
conseguimos convencer a galera do Teatro do Oprimido, e as 15h a sala tava liberada.
OCUPAMOS
Cadeiras pra dentro, bandeira lésbica estendida, a sala é nossa!
Demos um tempo pro povo chegar e 15:30h a oficina começa.
A Mariana, única bissexual do LAMCE, puxa a dinâmica de apresentação.
A dinâmica era + ou- o seguinte...
Alguém começa... Eu estava andando na floresta (ou qualquer lugar) e vi uma arara (ou um bicho qualquer) e esse bicho era ela ali. Aí a pessoa fala, não.. eu não sou uma arara. sou a fulana e vim de não sei onde, fazer não sei o que...., mas quando eu estava vindo pra cá, passei pelo rio e vi uma lontra, a lontra era ela ali... e assim por diante.
Foi engrassadíssima a dinâmica, e enquanto todo mundo se apresentava chegava mais gente... até entrar 3 garotos na sala, e depois chegar mais meninos. É ia ser uma oficina bem plural mesmo. Alguém ao se apresentar falou: "Estava vindo pra uma oficina de lésbicas e quando eu entro na sala tem uma cobra! o que essa cobra tá fazendo aqui!", rssss. pros meninos se apresentarem.
Tivemos que encerrar a apresentação, sem todo mundo se apresentar, pq estava entrando tanta gente na sala que a gente ia ficar na apresentação até o fim da oficina!
A Maria Angélia, sapa que filma, filmou nossa oficina inteira! na integra! foi massa d+!
Quando terminou a apresentação, eu peguei a palavra. expus que o objetivo da oficina era aproveitar a pluralidade dos sujeitos presentes no fórum pra fazer essa discussão. nós não somos experts no assunto, nem temos diversos artigos científicos publicados. mas sabemos que essa discussão não podia ficar de fora. então tentamos propiciar o espaço pra ela acontecer.
A metodologia foi a seguinte...
Primeiro fazíamos uma pergunta, e havia uma inscrição, no inicio ilimitada, mas que depois tivemos que limitar para 5 pessoas, devido a intensa participação da galera.
Logo no inicio.. pá.
a pergunta era... o que é Feminismo?
aí um dos garotOs....
- Eu queria falar que eu acho que as mulheres, as feministas, não tinham que tentar ficar parecendo homens, que isso é um absurdo, a gente nem sabe as vezes quem é mulher e quem é homem....
E ai uma enxurrada de inscrições.... a questão dele foi ótima, pq fez com que as mulheres feministas tivessem vontade de falar, de esclarecer.
As questões foram +ou- essas:
*O que é feminismo?
*O que é lesbianidade?
*Se a heterossexualidade obrigatória é um pilar do patriarcado, será que devemos condenar todas as heterossexualidades?
*há possibilidade de um movimento de lésbicas não fazer parte do movimento feminista?
*Por que as mulheres lésbicas deveriam apoiar lutas feministas, que teoricamente não lhe cabem? (como por exemplo a legalização do aborto?)
*Se o espaço familiar é o espaço onde acontece a materialização da maior parte das opressões, pq lutamos tanto por casamento, adoção, inseminação?
Foi muitoooo bom, as pessoas foram extremamente participativas, a discussão rolou de forma respeitosa e construtiva. Acho que muita gente saiu de lá transformado. Um dos meninos, que fazia seminário comentou sobre a ultima pergunta....
Cara, isso foi tão lindo! fiquei realmente muito sensibilizada....
Ver que tem gente querendo fazer diferente, gente que realmente acredita que um outro mundo é possível! Sem patriarcado, sem racismo, sem homofobia!
Ah.. valeu a pena d+ a nossa oficina. e o sentimento depois de tarefa cumprida que se instaurou por todas as meninas do LAMCE....
No total deram umas 80 pessoas, 70 que assinaram a lista, fora umas que entravam e saíram sem assinar. foi d+!
Depois da oficina, nós nos abraçamos....