quarta-feira, 1 de abril de 2009
LESBIANIDADE
Nossa sociedade tem como base a heterossexualidade obrigatória. O que significa isso? Significa que desde que nascemos somos criados para o sexo oposto. A menina é ensinada a ser atraente, cozinhar e ser boa mãe e esposa. O menino é ensinado a ser forte e corajoso para sempre proteger e prover sua esposa e filhos. Tudo parece muito lindo e romântico, como um bom filme de Hollywood, e é desta forma que a sociedade segue. Mas, é justamente por causa dessa norma social que nos é passada pelos nossos pais e que nós, sem nos questionar, passamos para os nossos filhos, que está à causa da maioria dos problemas da nossa sociedade atual.
Além de legitimar a maior parte das desigualdades sociais entre os sexos, tais como a diferença de salários entre homens e mulheres, a menor participação política feminina, a violência tão grande e comum que é praticada contra as mulheres, essa norma social ainda exclui a possibilidade de haver relacionamentos afetivos e sexuais entre as pessoas do mesmo sexo, invisibilizando as relações lésbicas, por exemplo.
Segundo a Fundação Perceu Abramo em recente pesquisa, 92% dos Brasileiros são de alguma forma preconceituosos com as mulheres lésbicas. O problema disso é que o preconceito facilmente se transforma em descriminação fazendo com que além de violência psicológica na família, nas escolas e no trabalho, as mulheres lésbicas muitas vezes sofram violência física e até mesmo assassinatos, como mostra uma pesquisa realizada pelo GRAB (Grupo de Resistência Asa Branca) que dentre os assassinatos ocorridos no Ceará, nos últimos anos, contra pessoas homossexuais, há maior incidência de violência contra as mulheres lésbicas do que contra as travestis, população historicamente discriminada e que sofre a maior parte da violência homofóbica em todo o mundo.
Além disso, há a invisibilidade nas políticas públicas, fazendo com que, dezenas de direitos comuns a pessoas heterossexuais sejam negados as pessoas homossexuais ou que não existam métodos eficazes de prevenção de DST entre as mulheres que fazem sexo com mulheres.
Devemos todas e todas juntos lutarmos contra todas as formas de preconceitos, sejam elas por gênero, raça ou orientação sexual e unirmos grande força para juntos acabarmos com toda norma social que aprisiona e nos limita para construirmos um mundo mais igualitário e justo para todas as pessoas.
Alessandra Guerra
LAMCE
Coordenadora colegiada
(Texto para fábrica de imagens)
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